Meteorologista de
câncer
Uma equipe
de cientistas do Arizona (EUA) se perguntou: assim como os meteorologistas usam
matemática para prever o tempo, será que não podemos usar a mesma matemática
para prever o câncer?
Essa
pergunta faz sentido. O meteorologista emprega modelos matemáticos para prever como elementos da atmosfera se
movem pelo espaço conforme os dias passam. A equipe do Arizona achou que, se
empregasse os mesmos modelos, poderia prever como os elementos de um câncer
(isto é, as células cancerígenas) cresceriam pelo corpo humano (o espaço)
conforme os dias passam.
A equipe
escolheu estudar um câncer conhecido pela sigla GMB, que é um câncer de cérebro
comum e agressivo: depois do diagnóstico o paciente sobrevive no máximo 15
meses. (Nos EUA, todos os anos 1 pessoa a cada 6.200 tem algum tipo de câncer
de cérebro; isso dá 68.300 pacientes por ano, com idade média de 51 anos). Para
simular o crescimento desse câncer a equipe escolheu um modelo matemático
conhecido entre os meteorologistas pela sigla LETKF.
Mark Preul,
um dos cientistas, diz que a equipe agiu como uma equipe de meteorologistas: coletou
dados a respeito do estado inicial do câncer rodou os modelos matemáticos para
fazer previsões e, a cada novo exame, atualizou os dados no modelo matemático.
O objetivo da equipe era produzir previsões para 60 dias à frente. Mark diz que
o modelo funcionou bem; no futuro, o médico deve usar previsões estatísticas
para planejar o tratamento e aconselhar o paciente.
Fonte: Revista Cálculo. Ano 2, edição 13. Fevereiro de 2012.
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